quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Filme mostra formação de estrela

SÃO PAULO – Utilizando ondas de rádio, cientistas captam detalhes da formação de grandes estrelas nunca antes revelados pelas lentes de telescópios de luz.
O local de observação foi a constelação de Orion, especialmente sua Grande Nebulosa – considerada um berçário de estrelas.
Astrônomos há tempos sabem como funciona a morte de uma estrela de grande massa, mas a sua formação ainda é um mistério pois, durante o processo, grandes nuvens de gás e poeira ficam ao redor do corpo celeste e obstruem a visão de equipamentos.
Para contornar o problema, uma equipe formada por cientistas do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian e do Observatório Nacional de Radio Astronomia utilizou ondas de rádio para penetrar nas camadas e estudar uma estrela em formação chamada Source I.
Com o Very Long Baseline Array (VLBA), instrumento da National Science Foundation, o grupo observou mensalmente durante dois anos a futura estrela. Os resultados geraram um vídeo que revela detalhes como a grande presença de nuvens de monóxido de silício.
Além do filme, o estudo também deu origem a uma imagem de como seriam traduzidos os dados de rádio para o mundo visível. Na concepção artística (acima) um disco central fumegante, formado por gás quente e ionizado, envolve a Orion Source I.
Um vento frio de gás vem das partes superior e inferior do disco (setas coloridas) e assume a forma de uma ampulheta graças ao campo magnético (finas linhas azuis). As cores avermelhadas representam material com movimentação distante do observador (no plano do céu), enquanto as cores azuis representam material se movendo em direção ao observador.

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